por Thronn texto e fotos
We are Skateboarders

O tão esperado documentário lotou de skatistas e admiradores no dia 15 de julho, uma bela quinta feira a The Venice United Methodist Church que está localizada no numero 1020 Victória Ave esquina com a Lincoln Blvd. em Venice Beach, Califórnia.


Quando cheguei o circo já estava armado, churrasqueira assando a carne e acontecendo um campeonato de melhor manobra no estilo diversão. Após essa brincadeira fomos todos para dentro da igreja, a mais louca que já vi.

Dentro dela se vê arte por milímetros quadrados. As paredes são enormes painéis de pinturas que vão do chão até o teto com várias obras de diferentes artistas.


O público vindo de várias partes de Los Angeles ocupou rapidamente todos os assentos para assistir o vídeo ‘’We are Skateboarders’’. A presença das crianças era facilmente notada pelo barulho que elas faziam, compareceram crianças de todas as idades.
O documentário começa com Rob Dyrdek falando sobre a questão que nos assola há anos: O que o skateboard representa pra você? Alguns até tentaram dar uma resposta sensata e a questão foi sendo passada para vários tops do skateboard old school e também para os atuais skatistas. Nenhuma resposta foi absoluta.


Quem chegou mais perto foi Ben Schroeder que disse que “o skate é foda”. Questionaram muito para onde o skateboard está indo e variados pontos de vistas dos skatistas foram colocados. Para onde o skateboarding está indo? Skateboarding atualmente é 50 por cento de merda? O que consegue transmitir? Há mesmo alguma coisa de verdade que consegue transmitir atualmente?

Todas essas questões e opiniões estão no filme que tem participação dos skatistas: Rob Dyrdek, Lance Mountain, Steve Caballero, Mike York, Mark Gonzales, Christian Hosoi, Cooper Wilt, Greg Lutzka, Jordan Hoffart, Dayne Brummet, Willy Santos, Ben Schroeder, Sean Sheffey, Jake Brown, Peter Smolik e muitos outros.


Com uma visão no passado não tão remoto o filme exalta os inovadores e talentosos skatistas como Mark Gonzales, Sean Sheffey e Rodney Mullen.
O filme gera muita polêmica e nos faz refletir com mais clareza esse momento, resgata uma discussão sobre os grandes eventos e rios de dinheiros que alguns estão ganhando vivendo como milionários e outros com talento mas sem uma oportunidade de comer uma fatia desse bolo. Alguns desses milionários vivem se vendendo a cada dia por mais dinheiro e pelo que se nota primeiro o dinheiro depois o skate, talvez.
O Ryan Sheckler foi atacado no filme por ter feito o comercial do perfume AXE sem camisa passando perfume dando um ollie por cima de um carrinho de golfe. No meio dessa crítica aparece a propaganda da Letícia descendo um corrimão de vestido vermelho.


No vídeo, Lance Mountain dono de uma das empresas que mais cresce no skate atualmente, a Flip, está sempre aparecendo e dando seu depoimento, já quando mostrou Bob Burnquist me pareceu que pintaram ele como um mercenário do skateboard.
Muitos skatistas criticaram também essa nova geração que vem com tudo e de outros países dominando a cena criada por eles (norte americanos) e nessa hora aparece fotos de um evento com o Rodolfo Ramos no pódio levantando um troféu na mão.

O peso do movimento punk rock que foi absorvido pelo nosso estilo de vida do skateboard e Duane Peters está lá representando e questionando.

O conteúdo é muito grande, acho que umas 2 horas de filme que não enjoam. Também vocês poderão ver a excelente reportagem sobre a origem do skate nos anos 50-60.


O seu inventor Larry Steverson foi um salva vidas da praia de Venice Beach e um dia observando a molecada com patinete teve a idéia de fazer um skateboard. Deu certo e estamos todos aqui curtindo e vivendo esse momento mundial. Ele também e dono da Poweredge Magazine que nasceu aqui entre Santa Monica e Venice Beach.



Levanta-se também a questão da importância de Venice Beach no cenário do skate dos primórdios até os dias de hoje.
Apos o vídeo uma energia muito positiva rolou na galera muitos abraços e comprimentos como se todos ali estivessem comemorando aniversário no mesmo dia.


A festa continuou num bar na mesma avenida e fui conferir, afinal balada é comigo mesmo. Cheguei e avistei varias gatas fazendo performance sensual que era excitante de ver e no comando estava The Toledos com groove muito pesado que não deixou ninguém parado.

No bar conheci Peter Smolik que me perguntou se eu conhecia o Chorão do Charlie Brown Junior, achei muito interessante ele conhecer e até gostar.

3:05am


Os depoimentos dos skatistas você pode assistir nos links abaixo. Não sei dizer onde o vídeo está disponível.
Rob Dyrdek
DayneBrummet
http://www.youtube.com/watch?v=SIhbcb-sfj8&feature=player_embedded
Malcolm Watson
Willy Santos
Por esses links vocês conseguirão achar muito mais.
Ben Duffy, diretor, vídeomaker e editor do “We Are Skateboarders”.
Revisão de texto: Alberto Betão.
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