por thronn
texto e fotos
Sepultura volta aos U.S.A
Há mais de 4 anos que o Sepultura não toca nos Estados Unidos, mas agora oferece duas apresentações, uma em Anahein outra em Hollywood em Los Angeles, Califórnia.
Nos anos 90 o Sepultura era a maior banda de metal da América do Sul e também conhecida mundialmente.
Com a saída de Max Calavera, líder vocal, a banda continuou com os mesmos integrantes: Andreas Kisser, Igor Cavalera, Paulo (Fóssil) Jr. O vocal foi substituído por um negro americano chamado Derrik Green com um motor de foguete de ônibus espacial na garganga.
Após anos dedicados a banda, Igor Cavalera deu seu honrrado adeus ao Sepultura e numa seleção de bateristas o Jean Dollabela assumiu a posição, agora o Sepultura está completo com essa nova aquisição.
Fui conferir um dos shows perto da minha área em Hollywood e na chegada já vejo centenas de Head Bangers seguindo para local do show.
A fila era enorme, pude enchergar uma faixa preta virando o quarteirão, os metaleiros de Los Angeles estavam em peso.
Algumas pessoas que conversei estavam na espectativa de ouvir músicas novas e não sabiam na verdade o que esperar do setList.






Enfim, Sepultura entra no palco aos gritos e muitos aplausos, Derrik Green no comando rasga uma das porradas musicais da época da antigas e o público se indentifica rapidamente e canta junto. O vocalista, nascido em Cleveland, no estado de Ohio fica a vontade em sua terra.
Uma roda abriu no meio do House of Blues e a parrada comeu no melhor sentido sem brigar nem tretas. Derrik Green quando solta a voz é impressionante e afinado, parece que ele tem um motor na garganta. Monstruosidade na voz é o que tenho a dizer.
Ele está encravado no posto de vocalista do Sepultura há muitos anos e realmente trouxe um bom upgrade na banda. Ele nunca deixou a banda decair apesar das perdas e ganhos. Nessas metal-morfoses da banda e desta fase atual temos o Jean Dolabella no lugar do grande e porradeiro Igor Cavalera.
O cara é musico excelente e me contou em entrevista que tem formação acadêmica pois estudou música aqui nos Estados Unidos. Ouvindo seu jeito de tocar logicamente é natural querer-mos comparar ele com o Igor mas comigo isso não ocorreu.
Sentindo a bateria agressiva e rápida percebi que ele mostra com maestria a técnica sem deixar soar uma tonalidade quadrada ou linhas retas mas muito pelo contrário pode-se sentir um arredonadamento nos finais do temas. Acho que ele carrega um jeito bem brasileiro de tocar. Jean se entrosa muito bem com o som do baixo que está posicionado ao seu lado direito no palco.



O Sepultura está mais vivo que nunca agora com essa formação brutal e devastadora.
Andreas Kisser no melhor estilo com sua guitarra pesada e sincronizada deixa bem claro que a sonoridade original da banda está sempre presente. Algumas músicas de peso me pareceu estar usando afinação em (si=B) fazendo a guitarra rosnar.
A musicalidade original do Sepultura está muito viva na sua atualidade apesar das mudanças que foram necessárias. A velha guitarra gritou em palhetadas brutais trazendo para todos nós o sentimento dos maravilhosos hits da longa estrada do Sepultura traçou.
Turbinado e pesadão o baixo do Paulo (Fóssil) Jr. sonoriza peso com autoridade nas canções que o público cantou o show inteiro e a quebradeira se fez presente. Paulo é um do mais importantes alicerces do Sepultura sem dúvida nenhuma. Ele nos refrescou a memorianos fazendo lembrar de pauladas mússicais com identidade, que o consagrou como um dos melhores baxistas do metal mundial.
Ele disse que essa mini turnê foi mais para fazer contacto com os patrocinadores e reatar laços para negociações futuras.
Todos tiveram uma comunicação fluente em inglês com seu público mas o Derrik Green ficou mais em casa pois é local. Um show avassalador foi mostrado e todos saíram contentes, de alma lavada e agora é só aguardar o novo álbum do Sepultura.
Revisão de texto: Alberto Betão
Leave a Reply