Texto e fotos: Thronn
Revisão: Betão

Mr. Keith Morris é um dos gênios das cabeças pensantes da Califórnia e por quê não dizer desse país. Construiu uma parte da trilha sonora da minha vida e de muitos como eu que são apaixonados pelo
Skateboard.
Falar sobre ele na verdade tem que escrever um livro porque ele foi um dos principais fundadores da banda Black Flag e o cabeça linha de frente do Circle Jerks por muito anos.
Como todo “cabeça pensante” ele está sempre musicalizando esse mundo nosso de cada dia. Eu estava esperando essa oportunidade para vê-lo em ação, fui conferir um show de lançamento do Ep também conhecido como compacto simples, preto com furo. O local escolhido no meio da fortaleza dos vinis e CDs da Califórnia, a loja Amoeba.
Na rua já percebi que o movimento estava pesado, chegando gente de todos os lados entrando às pressas na loja parar pegar o melhor lugar. As fileiras de discos se transformaram em corredores de gente organizados pelos seguranças da loja.
Fiquei em vários lugares circulando sempre com um segurança no meu pé eu no xaveco nele. Com um pouco de atraso como toda banda punk que se preze eles entraram no palco e foram aplaudidos pelo fiel público do movimento punk rock, também alguns metais e rastas.
Antes de começar o show Keiht Morris reclama com a galera porque deram refrigerante para ele, e isso ele não podia beber pois é diabético e ficou falando um monte mas depois agradeceu a galera que compareceu e começou a detonar um som que lembrava as guitarras do Greg Genn do Black Flag.

O guitarrista Dimitri Coats é um animal no palco com postura de um metaleiro mexendo o cabelo, não tão grande, sem parar.
Baixão com som turbinado e pesadão estava bem nas levadas das antigas mas teve música que uma pitada de hardcore forte e rápida pode ser ouvida e a galera estava de boca aberta com a surpresa sonora daquela banda.

Vocal é punk velho cuspido, escarrado, gritado e afinado. Para falar desse cara precisaria de várias páginas porquê ele carrega o movimento punk rock nas costas por toda sua vida e tem um carinho muito especial pelo skateboard. Rasgando a Amoeba com gritos de desesperos músicas que eu nunca tinha ouvido falar.
Estridente e com rosto torcido com uma feição de raiva, revolta e ódio ele estava mandando sua mensagem ali pra nós.
A bando OFF é realmente uma banda de skateboard pois por todos os trabalho de Keith Morris o maior público sempre foi os skatistas.
Uma grande novidade, alucinante para mim nesse show foi ver pela primeira vez o skatista profissional de street style que fazia parte da equipe da Alva no anos 80 detonando na bateria num estilo punk rock de ser, estou falando do Mario Rubalcaba que é de San Diego e já to tocou em várias bandas como Chicano-Christ, Metroschifter, ClikatatIkatowi, Thingy, SeaofTombs, RocketfromtheCrypt, BattalionofSaints, MannekinPiss, Hot Snakes, Earthless, e theSultans sem contar que tem música dele no filme 411.



Galera vamos prestigiar o trabalho de Keith Morris que tá muito bom, punk de raiz e skate rua pura.
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